BEMTEC_ _ EM CONSTRUÇÃO >> _ _ COMPARTILHA BEM TECNOLÓGICO MULTIDIVERSIDADE POTENCIAL HUMANO POSTURA SOCIOAMBIENTAL SUSTENTABILIDADE NUTRIÇÃO EDUCAÇÃO CIÊNCIA CULTURA COLETIVIDADE CIDADANIA MOVIMENTO PLANETA _ _
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
HOME > ARTIGOS > NOTÍCIAS > TECH > BIOTECNOLOGIA > SAÚDE > CHEF > BELEZA > MODA > NATUREZA > ENERGIA

segunda-feira, 3 de março de 2014

EAD



FLEXIBILIZAÇÃO do processo de ensino-aprendizagem

PROVOCAÇÃO – A arte de ser feliz / Cecília Meireles
Olhando pela janela, em cada lugar ela via coisas interessantes que lhe tocavam o coração e sentia-se feliz. Quando fala para as pessoas sobre o que via e dos sentimentos agradáveis que lhes vinham a tona, uns dizem que não viam nada daquilo e que aquelas coisas não existiam ali, outros dizem que é preciso aprender para poder ver o que ela vê.
Todos nós temos um olhar singular, uma percepção diferenciada por mais que nos mostrem a mesma coisa. Os alunos percebem a visão do professor de forma diferente – uns apreendem os conhecimentos e vêem as coisas de um jeito parecido com o do professor, outros conseguem entender quando o professor segue outra linha de pensamento completamente diferente e outros ainda não conseguem entender. Para estes deve-se usar outra metodologia para ajudá-los a ver, do seu modo e a seu ritmo.     
Os avanços da psicopedagogia tem o objetivo de atender às diferentes necessidades individuais, como quanto aos meios e tempos de sensibilização, percepção e apreensão do conhecimento e aguçar a utilização de ferramentas inclusivas em processos flexíveis de ensino-aprendizagem .                      
DESENVOLVIMENTO HUMANO E O MODELO BIOECOLÓGICO DE BRONFENBRENNER
Cada um de nós tem um jeito próprio de se relacionar, de perceber, sentir, conhecer,  vivenciar, ensinar, aprender, - conceber os processos interativos onde apreendemos o mundo e o modificamos, – construir as pontes individuais entre o nosso microcosmo e as múltiplas possibilidades interventivas  no universo externo. Ensinar-aprender é diversificar os meios para contemplar os modos específicos de ser, e, sensibilizar os diferentes indivíduos, acionar e direcionar suas potencialidades à apreensão efetiva e aplicativa é uma tarefa complexa e desafiadora. 
       Educar exige uma postura sistêmica e transdisciplinar, uma didática que leve em consideração a multidimensionalidade dos processos, a multirreferencialidade, promover a pluralidade de espaços, tempo, e linguagens...( MORAES, 2008, p. 129).
No decorrer da vida, cada pessoa constrói uma estrutura existencial singular,  individualmente diferenciada e particularmente interdependente de uma rede de fatores socioculturais e ambientais influenciáveis. Segundo Bronfenbrenner, o ser humano é capaz de criar as ecologias nas quais vive e se desenvolve - exerce atividades, padrões de interação e papéis nos vários ambientes, contextos ou sistemas ecológicos a partir de cada microssistema em que está inserido.
Modelo bioecológico de Bronfenbrenner
                                                                                CRONOSSISTEMA


Cada microssistema é constituído por três elementos: as atividades, os padrões de interação (relações interpessoais) e os papéis. Um mesossistema é um sistema de microssistemas, composto por uma rede social formada pelas pessoas que interagem com aquela cujo desenvolvimento está sendo o foco referencial, a qual constitui o centro da rede. Os exossistemas influenciam e recebem influencia da pessoa, sendo que esta não participa diretamente – por exemplo, o ambiente de trabalho dos pais, que afetam a dinâmica familiar e as relações conjugais. O macrossistema constitui o contexto sociocultural no qual a pessoa em desenvolvimento está inserida, como as normatizações das leis, por exemplo, de trânsito, trabalhistas, regras de um condomínio, influências religiosas etc. O cronossistema envolve as influências no desenvolvimento da pessoa ao longo do tempo, mudanças e periodicidades.
As condições socioculturais e econômicas determinam direta ou indiretamente a natureza das atividades, dos padrões de interações e dos papéis exercidos ao longo da vida.  A pessoa vivencia inúmeros microssistemas como os ambientes familiar, escolar, profissional, comunitário etc. Enquanto criança, geralmente passa da creche para o jardim e depois para o ensino fundamental, quando não fica horas sozinha em casa ou com os irmãos, - todos sem o direito de estudar,- porque a escola é longe e não tem transporte ou por outros motivos. Na adolescência, muitos brasileiros deixam de estudar, dos quais poucos retomam os estudos mais tarde. Daqueles que cursam o ensino médio, muitos trabalham, outros fazem um curso técnico e/ou cursos de capacitação. Quem consegue continuar estudando, faz o curso superior, - bacharelado ou tecnológico – e a maioria também trabalha neste período e possuem família constituída
.
MICROSSISTEMA ESCOLAR
Na escola, diversas atividades, padrões de interação e papéis são desempenhados de maneira que caracterizam o ambiente de ensino-aprendizagem. As partes constituintes do organismo educacional interagem e guardam peculiaridades essenciais do microssistema escolar. Diretores e coordenadores, alunos, professores, pais, auxiliares e parceiros da escola são os componentes da comunidade escolar e formam os subsistemas - cada um deles é identificado pelas respectivas intervenções,  observadas as espectativas que lhes competem.
Atividades sócio-educativas e persistentes, participação comprometida com os anseios psicopedagógicos e inclusivos e papéis compatíveis às demandas funcionais educacionais compõem o contexto geral de uma organização escolar, tendo atividades significativas exercidas pelas partes que a competem, como: promoção da difusão de idéias sobre as questões escolares, contemplando o debate democrático nas coordenações pedagógicas – diretores e coordenadores; comprometimento junto aos objetivos específicos e gerais do projeto político pedagógico da escola – professores; participação freqüente, observância da postura social e socioambiental e dos direitos e deveres – alunos; monitoramento de entrada dos alunos como atrasos, uniformes e informações gerais – auxiliares / portaria; apoio e patrocínios em diversos momentos e eventos da escola – parceiros.
       
AS NECESSIDADES HUMANAS E AS CRENÇAS NA AUTOEFICÁCIA
Promover a crença na auto-eficiência e na autorrealização fundamenta-se em planejar atividades de modo que os alunos possam escolher temas e procedimentos – inseridos num determinado contexto contendo objetivos e normas – ou tenham condições de realizar trabalhos por etapas em níveis crescentes de complexidade, testando hipóteses, e que trabalhem em grupos, onde possam discutir democraticamente assuntos relacionados direta ou indiretamente com o tema foco, respeitando as diferenças entre eles, contribuindo pessoalmente através da criatividade, aplicando seus dons e expondo suas preferências e opiniões para a construção coletiva em questão.
Permitir que cada aluno desempenhe o trabalho de acordo com seu próprio ritmo é outro tópico que deve ser contextualizado nas atividades. Reconhecer as necessidades humanas específicas do aluno contribui para levá-lo ao autoconhecimento, à auto-estima e autoconfiança, quesitos que atendem às condições necessárias para a autorrealização e autoeficácia diante das habilidades e competências trabalhadas.
Atuando em sala de aula e em ambientes virtuais, a afetividade, a cooperação e a diversificação contextualizada dos recursos, de acordo com a aplicação das respectivas tecnologias, são práticas geradoras de motivação, satisfação e inclusão, que numa ação conjunta, potencializam a apreensão efetiva de conhecimentos.

A AUTOESTIMA e seus componentes cognoscitivos, afetivos/avaliativos e comportamentais
Processos de ensino-aprendizagem integradores apresentam potencial significativo e dialógico, fatores que contribuem para a apreensão integral do conhecimento e do autoconhecimento. Ao vivenciarmos experiências reveladoras das nossas potencialidades trilhamos caminhos auto-construtores que revigoram nossa autoestima e impactam positivamente nossas atitudes.
Os componentes cognoscitivo, afetivo/avaliativo e comportamental envolvem contextos relacionados aos respectivos sentimentos de autoconceito, autoaceitação e autonomia, segundo Aragón e Diez (2004).
De acordo com a opinião de um pai – a autoestima está relacionada com o que pensamos sobre nós mesmos. Tem consciência de que fazer elogios e valorizar as atitudes positivas do filho no dia a dia, favorecem a motivação dele para seguir no bom caminho e que no momento de criticar as coisas erradas, o bom senso é importante para manter a autoestima para fazê-lo capaz de melhorar até corrigir a sua postura.
Segundo o pensamento de um professor – a autoestima revela a importância que a pessoa dá a si própria, se ela está com a autoestima baixa significa que não percebe o seu potencial e quando fica com autoestima elevada, passa a acreditar nela mesma, tem convicção da própria capacidade. Quando o professor critica grosseiramente o aluno, esta atitude interfere diretamente na sua autoestima e este sente-se incapaz de continuar tentando para fazer melhor. A crítica construtiva estimula a autoconfiança e favorece a capacidade de criação do aluno em busca dos objetivos.

DIMENSÕES HUMANAS
Os processos de ensino e aprendizagem caminham para a aplicação de recursos que contemplem, cada vez mais, a flexibilidade contextualizada às diferentes características humanas e suas individualidades, diante das múltiplas formas de saber viver, desde as nuances do sentir, de apreender, de expressar, de construir e de criar.
 Tracmé-Fabre (2006), nascemos para: descobrir; conhecer as leis da natureza; organizar; criar sentido; escolher; engajar-se e decidir; inovar, criar e imaginar; trocar e interagir; entrar em reciprocidade. Buscar mutuamente a concretização das nossas concepções criativas, enquanto professor e/ou aluno confirma reciprocidade,  confiança mútua e bem-estar, levando ao autoconhecimento e ao protagonismo. 

CRIATIVIDADE
Dos conceitos sobre as nossas experiências voltadas para o bem viver, DeMasi faz colocações sobre a natureza humana em seu livro Criatividade e Grupos Criativos, como, - as fontes de prazer são como sementes de felicidade: um bom perfume, uma música, um pôr do sol, a carícia da pessoa amada, um bom prato de comida, a cura de doenças, - nas vivências ao longo da vida, tanto no que nos faz falta de imediato quanto na busca da qualidade de vida duradoura. E, viver de uma forma prazerosa implica viver de forma criativa.
Das características da criatividade apontadas por DeMasi (2003, p.702-703) destaco A criatividade é doadora de paz. Quando buscamos uma maneira de restabelecer o corpo e a mente da estafa, nos aproximamos dos benefícios prazerosos de atividades criativas, que proporcionam encontros saudáveis com nós mesmos e com os outros.

PRODUTOS CRIATIVOS E CRIADORES
Desenvolvido pela empresa israelense Wiz Com Technologies e comercializado pela Positivo Informática, o tradutor pessoal portátil Quicktionary e suas novas versões, carregado com duas pilhas AAA,  na forma de uma caneta, escaneia, traduz e lê em voz alta um texto ou palavras. Ao se passar a ponta sobre o texto, digitaliza, processa e mostra na tela a tradução do inglês para o português, por exemplo. A versão TS da caneta tradutora possui novas funções, incluindo a pronúncia em áudio, e também, o usuário pode digitalizar para o dispositivo traduzir, e ainda, o consumidor pode agregar memória através de cards e outros aplicativos.

AUTOR 4
Lista de antídotos: valorizar as idéias novas e criativas; sempre tentar novas possibilidades; entender que os problemas podem estar relacionados com nosso trabalho/estudo; estar aberto para modificações; ter confiança que a direção vai aprovar; se não der certo valeu a tentativa; podemos tentar novamente, pois o nosso resultado pode ser diferente.

FORUM 4
Toda vez que o aluno demonstrar novas idéias, maneiras diferentes de resolver problemas, - a criatividade no trabalho, - devemos incentivar a sua iniciativa. Se o professor, ao contrário, reprovar a sua maneira de aprender, estará colocando uma barreira para este aluno, no processo ensino-aprendizagem, pois aquele aluno não tentará novamente buscar soluções próprias porque entenderá que suas propostas não serão aceitas e que ele próprio não tem valor. É um erro comum do professor  somente aceitar os resultados da maneira que ele explicou. Às vezes o aluno chega ao mesmo resultado de outra forma, se o professor não aceita, este desconsidera a criatividade do aluno, o que pode causar um grande estrago. Tenho um exemplo do meu filho que resolve os exercícios de matemática pulando algumas fases dos cálculos e chegando mais rapidamente ao mesmo resultado. Se o professor não aceitasse esse processo, ele perderia a sua forma criativa de fazer e talvez não fosse tão bem.  Portanto as barreiras podem ser minimizadas através do trabalho do professor, dando condições aos alunos de formularem suas próprias respostas.
Projeto: Apresentar aos alunos uma situação problema e deixar que eles formulem as suas próprias respostas. O professor deverá auxiliar para que não se desviem do tema central, orientar as discussões no grupo rumo aos questionamentos assertivos e no final considerar todas as contribuições pessoais para a composição coletiva da resposta. Posteriormente, no final do bimestre os grupos participam de um seminário sobre o tema e seus desdobramentos e contextos.

AUTOR 5
Na realização dos trabalhos didáticos ou de grupos de trabalhos por vezes nos deparamos com grupos que apresentam lideranças autoritárias e temos que usar estratégias para “furar o bloqueio”. Em outros grupos com dificuldades de se expressar e isto leva a uma situação de falta de consideração com os integrantes e radicalização dos líderes. Sempre que realizo trabalhos em grupo e reuniões de pessoas com interesses em comum, os melhores resultados foram alcançados com grupos colaborativos, portanto sem a escolha de um líder, no qual as responsabilidades são distribuídas entre todos os participantes.

PESQUISA 5
Entre as estratégias testadas por mim no processo ensino-aprendizagem a que mais surtiu efeito foi de trabalhar a autoestima dos alunos. Em um trabalho realizado na escola pública, me deparei com uma turma de aceleração; alunos com várias repetências e com defasagem idade-série. Tive que buscar os recursos possíveis e impossíveis para trabalhar com grupos tão heterogêneos. A metodologia de elevar a autoestima foi aplicada com sucesso, os alunos passaram a acreditar mais em si mesmos e realizar as atividades propostas. Foi fornecido tinta e eles mesmos realizaram a pintura do quadro negro, atividade que acharam interessante. Com a utilização de atividades lúdicas, conto de histórias relacionadas aos temas, os alunos desenvolveram a capacidade de ouvir, conseguindo assim o foco necessário para atenção nas atividades das aulas. Pouco tempo depois encontrei-os cursando o ensino médio.

AUTOR 6
Os trabalhos em grupos colaborativos e a elaboração de pesquisas deliberando para cada aluno um assunto específico, com apresentação ao final, fazendo com que o aluno tenha a devida participação. As atividades lúdicas também são muito utilizadas as quais são apresentadas em forma de brincadeira, passando posteriormente a um tema de pesquisa.
Mais utilizadas por mim: projetos interdisciplinares em grupos com temas escolhidos pelos alunos e realização de pesquisas e experiências práticas.
As que mais gostam: os alunos têm interesse especial por estes projetos, onde desenvolvem a parte prática, nas quais eles podem desenvolver os procedimentos,  testar suas hipóteses para chegarem aos resultados, processos que são compartilhados em exposições de ciência, tecnologia e cultura.

FÓRUM 5
Os papéis e funções desempenhados pelo tutor na mediação dos processos de ensino a distância devem unir à interatividade convidativa um conjunto de fatores como: crítica construtiva-afetividade-incentivo-reconhecimento-feedback-mensagens incentivadoras-flexibilidade que contribuam para manter a autoestima e efetivar a motivação ao cumprimento de tarefas e prazos, afim de abrir caminhos dialógicos rumo ao bom desempenho do aluno. Concomitantemente, o tutor deve informar sobre o desenvolvimento e o progresso de cada aluno etc.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Aluno que alega excesso de trabalho, curso “puxado” ou maior interação devem receber atenção especial compatível com cada questão, sendo que em todos os casos, o tutor deve estreitar a interatividade de saber mais sobre o aluno e criar mecanismos dialógicos potenciais para ajudar o aluno.

TRANSDISCIPLINARIDADE
A flexibilidade é um dom muito especial – a arte das artes – que remete às portas que se abrem, às descobertas e redescobertas, às múltiplas possibilidades que podemos experimentar numa construção coletiva, onde um também considera o outro para projetar e realizar o nós, incluindo suas inter-relações planetárias. Neste contexto a flexibilização é o ambiente fértil da transdisciplinaridade onde encontra-se a essência transdisciplinar, a qual liga as disciplinas e vai além de cada uma delas.
Na nossa atuação profissional os conceitos trans compõem a base capaz de potencializar as forças assertivas que convergem para os objetivos da construção individual e coletiva do conhecimento e suas múltiplas aplicabilidades.                                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário